quarta-feira, 17 de outubro de 2012

PROFESSORA ANO 2020


Ano 2020: A extinção dos professores

O ano é 2020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos. Uma conversa entre avô e neto se inicia a partir da seguinte interpelação:

*– Vovô, por que a humanidade está se atrasando no seu progresso?

*A calma da pergunta revela a inocência do infante. E no mesmo tom vem a resposta:

*– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

*– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

*O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres estudiosos
e dedicados, que se expressavam sempre de maneira culta e que, muitos anos atrás,
transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar
com decência e ética. Enfim localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas.
Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar
.

*– Eles ensinavam tudo isso? Eram sábios?

*– Sim, ensinavam, se esforçavam para ser sábios. Apenas alguns de fqto eram sábios; os grandes
professores que ensinavam outros professores e eram amados pelos alunos
.

*– E como foi que eles desapareceram, vovô?

*– Ah,foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns
vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos
ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar
estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados.
Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender
alguma coisa.


*Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos
como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me
ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou  ainda “meu
pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores
nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas
nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam
os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores
eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco
de pancadas de todo mundo
.

*Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a
aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês
estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas.
E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi
toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas.
Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou
ir à escola para estudar a sério.


*Em seguida, os professores foram desmoralizados.Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos
e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha
algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação,
pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos,
jogadores de futebol, pagodeiros, agiotas, traficantes, sindicalistas, artistas de novelas da televisão –
enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade
.
<><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><><>

ATENÇÃO: Qualquer semelhança com a situação deste País ultrajado e saqueado
por políticos, quadrilheiros e mafiosos, não é mera coincidência.É a pura
verdade. LAMENTÁVEL!!!

O AMOR, A SABEDORIA E O TRABALHO SÃO FONTES PRIMORDIAIS NA NOSSA VIDA. E SÃO AS QUE DEVERIAM NOS GOVERNAR.

WILHELM REICH - LIVRO "ESCUTA, ZÉ NINGUÉM!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário